sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Quem argumenta melhor?


Etelvina - Deus existe.
Isaltino - Estás enganada, Deus não existe.
Etelvina - Mas por que dizes que Deus não existe?
Isaltino - Ora essa, porque ninguém consegue provar que existe e, portanto, não vejo por que razão haveríamos de acreditar que existe.
Etelvina - Mas a razão para acreditar é simples: porque ninguém consegue provar que não existe.

8 comentários:

  1. O nível de argumentação da Etelvina e do Isaltino é o mesmo, pois ambos argumentam de forma falaciosa ( falácia do apelo à ignorância). Esta falácia afirma que ignorando se uma afirmação é verdadeira, afirma que é falsa ( ou viceversa). Na argumentação da Etelvina Deus existe porque não existem provas de que não existe; tal como o Isaltino afirma que Deus não existe porque não há provas que Deus exista.
    Concluindo, como não provas que Deus exista afirma-se que não existe, e como não há provas que não exista, afirma-se que existe. Ora, isto é falacioso.

    Mónica Serrão 11ºB

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  2. Tanto a Etelvina como o Isaltino recorrem a argumentos falaciosos. Embora os argumentos possam parecer válidos, são inválidos.

    E ambos cometem na sua argumentação o mesmo tipo de falácia, o apelo à ignorância. Recorre-se ao desconhecimento sobre o assunto tratado para concluir que o que se afirmou é falso ou verdadeiro, neste caso pela ignorância sobre o afirmação ser falsa.

    Logo, a ignorância sobre a inexistência ou existência de Deus não os pode levar a concluir que Deus existe ou não.

    Em suma, ambos apresentam maus argumentos, em que nenhum argumento é melhor que o outro pois ambos são falaciosos.


    Inês Correia , 11ºC

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  3. A Etelvina e o Isaltino usam argumentos falaciosos. O apelo à ignorância é o tipo de falácia existente nesta argumentação.

    Esta falácia tenta provar uma conclusão a partir da ignorância sobre a sua falsidade ou veracidade. Neste caso, isto significa que, a ignorância sobre a existência ou inexistência de Deus não os pode levar á conclusão que Deus existe ou não.

    Logo, a ausência de prova não é prova da ausência.

    Márcia Maximino 11ºC

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  4. Certíssimas as vossas respostas. A mesma falácia é cometida duas vezes, uma vez pelo Isaltino e outra pela Etelvina.

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  5. Nenhum deles argumenta melhor que o outro, porque ambos estão a utilizar falácias para tentares mostrar que têm razão.
    Como sabemos as falácias são argumentos maus que, parecem cogentes mas não são, por isso é uma péssima maneira de argumentar.
    Neste caso é utilizada a falácia do apelo a ignorância pelos dois, porque eles partem do desconhecimento (ignorância) de que deus existe, ou que não existe, e por ainda não terem conseguido provar, até hoje, nem uma coisa nem outra concluem o que eles acreditam. Isto esta errado porque a conclusão não se segue da premissas.
    Logo, não podemos provar algo usando o desconhecimento dessa mesma coisa.

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  6. A Etelvina e o Isaltino argumentam da mesma forma, e nem um nem outro usam um raciocínio lógioco pois ambos usam a falácia do apelo à ignorância.
    Se queremos realmente convencer alguém de que estamos certos devemos apresentar razões para tal e não apresentar razões que NÃO existem. Se assim fosse teríamos muitas discussões completamente irracionais, pois há muitas coisas que ainda não temos conhecimento suficiente para provar. A existência de Deus é só uma destas.

    Karla Muniz 11 C

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  7. nenhum deles argumenta melhor, pois estão a utilizar o mesmo tipo de argumento e exactamente a mesma falácia: o apelo á ignorância (que os meus colegas já explicaram nos posts anteriores e por isso não vou repetir)
    porem ha uma subtileza engraçada, um aparte, porque não tem nada a ver com a conclusão, mas que penso que ainda ninguem reparou e eu achei graça... apesar de isso não interessar para a conclusão em questão,é engraçado reparar que a Etelvina tem razão quando diz "Mas a razão para acreditar é simples: porque ninguém consegue provar que [Deus] não existe.", porque se houvesse provas de que deus existe, ninguém acreditaria nele... ninguém precisaria de acreditar, porque saberia que existiria , como nós não precisamos de acreditar em flores, ou na água porque sabemos que existem :P

    Joana Cerqueira 10B

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