tag:blogger.com,1999:blog-12341213286809363162024-03-15T16:59:25.867+00:00filosofia e arredoresfilosofia e arredores (questões básicas)Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.comBlogger216125tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-58434195573502019662023-06-15T18:57:00.011+01:002024-02-22T19:55:04.317+00:00Kant e a metafísica: uma introdução didáctica à filosofia crítica de KantJá lá vão mais de trinta anos desde que ensinei pela primeira vez os aspectos centrais da filosofia crítica de Kant. Foi em 1987, quando me foram atribuídas duas turmas do 12.º ano, cujo programa, de carácter essencialmente histórico, incluía Kant, Hegel, Kierkegaard, Feuerbach e Nietzsche, entre outros — boa parte da armada filosófica alemã, como se vê. Foi então que, acabado de Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-19564295321539887832021-01-28T17:23:00.006+00:002023-06-13T15:49:49.651+01:00Investigações estéticas de Jerrold LevinsonO leitor português de filosofia, mais precisamente de filosofia da arte e estética, tem finalmente à sua disposição alguns dos principais ensaios do influente filósofo contemporâneo Jerrold Levinson. O primeiro ensaio da colectânea Investigações Estéticas: Ensaios de Filosofia da Arte, acabada de publicar pelas Edições Afrontamento, é «Definir historicamente a arte», provavelmente um dos Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-72020119438961249792020-07-05T19:32:00.005+01:002024-02-22T19:56:45.309+00:00É objectivo mas não é real, diz FregeHá dias citei aqui uma passagem de Rawls sobre a noção de objectividade. Ele considera que, no caso dos juízos morais e políticos, a objectividade não depende de qualquer requisito causal entre a justificação do juízo e o facto de o mundo ser desta ou daquela maneira. Rawls parece, pois, dispensar a ideia de que tem de haver factos morais para que faça sentido falar da objectividade dos juízos Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-20778511972781206532020-06-26T14:09:00.003+01:002024-02-22T19:58:29.955+00:00Deus existe? O essencialDepois de estar disponível apenas no formato eBook, foi finalmente publicado em papel o livro A Existência de Deus: o essencial, de Desidério Murcho (Plátano Editora). O livro, com aproximadamente 100 páginas, foi escrito a pensar nos estudantes e professores do 11º ano, mas também no leitor comum, interessado na questão central da filosofia da religião. E, já agora, penso que é mais uma Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-32811343172208564022020-06-25T18:17:00.002+01:002020-06-25T18:17:48.589+01:00Diferentes tipos de objectividade e a objectividade dos juízos moraisSe não houver factos morais, também não poderá haver juízos morais objectivos? Eis o que diz John Rawls sobre isso (com algumas adaptações à tradução portuguesa, que deixa algo a desejar). Estou a pensar naqueles que sustentam que a objectividade dos juízos e das crenças depende de disporem de uma explicação adequada que se inscreva numa perspectiva causal do conhecimento. Esses entendem que um Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-13827735642152048862020-06-24T17:14:00.005+01:002020-06-25T01:18:20.119+01:00Filosofia da morteTrês Diálogos Sobre a Morte, de Pedro Galvão, é o mais recente livro da colecção Filosofia Aberta (Gradiva), publicado esta semana. Outros autores portugueses, como José Cardoso Pires ou Maria Filomena Mónica, escreveram sobre a morte. Mas, diferentemente dos anteriores, este é o primeiro livro de filosofia da morte escrito por um filósofo português. E é, provavelmente, o único livro no mundo de Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-2908093045784723012020-04-04T20:12:00.001+01:002024-02-23T17:12:25.264+00:00O mais importante defensor da teoria institucional da arteAcabei de confirmar aqui que faleceu George Dickie, um dos mais destacados filósofos da arte das últimas décadas, conhecido sobretudo pela sua defesa da natureza institucional da arte, uma das teorias acerca da definição da arte mais discutidas dos últimos tempos.
Estava tentado a sublinhar a coincidência de, nestes últimos dias, ter em cima da secretária os seus livros The Art Circle: A Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-18087381925376074992020-03-21T19:35:00.001+00:002020-03-22T02:29:50.895+00:00O problema mente-corpo
Tudo indica que o humor filosófico de Bertrand Russell era já uma coisa de família. Consta que, ainda adolescente, Russell andou durante muito tempo obcecado com o conhecido problema mente-corpo (ou corpo-mente, se preferirem), lendo avidamente tudo o que ia encontrando sobre o assunto.
Perante isso, a sua avó (como é sabido, Russell foi criado pelos avós), acabou por tranquilizar o Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-58254491006376344902020-03-20T00:50:00.000+00:002020-03-20T00:57:24.878+00:00As desigualdades, o socialismo e o capitalismo
Uma coisa de que o leitores de filosofia como eu sentem falta é de boas recensões do que se vai publicando; recensões críticas que sejam simultaneamente sóbrias e fundamentadas, e que nos ajudem a decidir o que ler. É um tanto triste procurar boas recensões de livros que se vão publicando — muitas vezes de livros que, noutras paragens, são fonte de interessantes debates filosóficos — e não Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-90486519520587823312020-03-18T03:56:00.000+00:002020-03-18T04:04:48.351+00:00O mais recente livro de Searle
Da Realidade Física à Realidade Humana é o título do último livro de Searle, acabado de publicar na colecção Filosofia Aberta, com tradução de Daniela Moura Soares e revisão científica de Desidério Murcho.
Infelizmente, por razões óbvias, a apresentação do livro, a cargo de Pedro Galvão e Ricardo Santos (ambos professores da UL), programada para o fim deste mês na Fnac Chiado, em LisboaAires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-9567935263896197902019-10-28T19:16:00.002+00:002024-02-22T19:59:06.173+00:00Definições de arte não-essencialistas
Aqui fica um pequeno excerto (incluindo a imagem abaixo) do meu livro A Definição de Arte: O essencial, recentemente publicado na Plátano Editora. Trata-se de uma passagem em que procuro apresentar os traços gerais da abordagem não-essencialista e daquilo que distingue mais claramente as definições não-essencialistas das definições tradicionais (essencialistas).
A reação [ao ceticismo Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-14459159944163082412019-10-16T15:13:00.000+01:002019-10-16T15:21:33.428+01:00Definir arte
O meu pequeno livro sobre a questão filosófica da definição de arte está já à venda e pode ser encomendado aqui. Deixo também um pequeno excerto do prefácio, com a descrição sumária de cada capítulo do livro.
Dada a importância das artes para os seres humanos e dada a sua enorme relevância social, haverá muitas outras pessoas interessadas nas questões da identificação e da natureza da arteAires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-6545222901303816202019-08-26T18:36:00.002+01:002024-02-22T19:59:39.711+00:00Espinosa e o provincianismo invertido
Deparei-me há dias numa livraria com um novo livro sobre Espinosa. O título é O Milagre Espinosa (Quetzal) e o autor é o sociólogo e também filósofo francês Fréderic Lenoir, que eu desconhecia completamente.
Interessou-me. Mas antes de me decidir, fiz a habitual inspecção para ver se valeria a pena comprá-lo. Diz-se na capa que é um enorme best-seller em França, o que, no meu caso, gera Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-91206269362262791612019-07-09T15:11:00.000+01:002019-07-09T15:35:12.456+01:00Ensinar filosofia
Este será o próximo livro da colecção Filosofia Aberta, a publicar em Agosto.
Alguns estudantes acham a filosofia cativante; outros simplesmente ficam indiferentes ou mesmo desnorteados. Como fazer para que todos consigam compreender os problemas filosóficos, envolver-se na sua discussão e apreciar a filosofia, independentemente das suas motivações ou capacidades iniciais?
Neste livro, Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-9116527117683050812019-05-14T02:45:00.000+01:002019-05-14T02:45:02.624+01:00Um céptico racional num mundo irracional: em livro e ao vivo
Depois da publicação do mais recente livro de Julian Baggini — o primeiro do filósofo britânico com tradução portuguesa — está também confirmada a sua presença no próximo Encontro Nacional de Professores de Filosofia, em Santarém, no início de Setembro.
Depois de o ler, vai ser bom poder ouvi-lo e conversar com ele também. Para se ter uma ideia do tom geral do livro de Baggini As Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-57170631433724283172019-03-16T19:31:00.001+00:002020-03-18T02:48:06.684+00:00Filosofar sobre música
Raramente tenho visto compositores, e músicos em geral, a dizer algo realmente interessante sobre questões de filosofia da música. Isso é perfeitamente natural, pois o que se espera de músicos e compositores é que toquem bem e componham boa música, não que sejam capazes de filosofar sobre o assunto. Por isso, foi uma boa surpresa ver a excelente entrevista que Ricardo Lopes, autor do não menos Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-42038977812606081392019-01-05T17:31:00.001+00:002024-02-23T18:03:33.143+00:00Dar palco para a defesa de opiniões abjectas e liberdade de expressão
A propósito das discussão que nos últimos dias tem empolgado muitas pessoas, ocorreu-me esta passagem de um livro de Nigel Warburton, que merece bem a pena ser lido.
Poderá parecer que das perspectivas de Mill acerca da livre expressão e do valor das falsidades sinceramente expressas se segue que deveríamos procurar activamente proporcionar um palco àqueles de quem discordamos fortemente.Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-62895848376116426162018-12-09T02:12:00.001+00:002024-02-23T18:04:43.879+00:00Leituras
Em tempos, creio que pouco depois da publicação do meu livro (e do Desidério) Janelas Para a Filosofia, foi-me feita uma pequena entrevista via email sobre os meus hábitos de leitura, para a Wookacontece, mais precisamente para a secção intitulada Caderneta de Leitor, que já nem sequer existe. Creio que a entrevista nunca chegou a ser publicada (pelo menos não me dei conta disso), não sei Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-87376953419359677482018-11-04T01:08:00.002+00:002024-02-23T18:06:56.519+00:00Vinte questões básicas, por Simon Blackburn
Acabou de ser publicado na colecção Filosofia Aberta (Gradiva) o livro As Grandes Questões da Filosofia do filósofo Simon Blackburn, já bem conhecido do leitor português. É um livro para o leitor comum e não apenas para filósofos encartados, no qual Blackburn apresenta as suas próprias respostas a vinte questões filosóficas centrais. Deixo abaixo um pequeno excerto sobre a questão "Será Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-91806949916428929122018-09-15T18:44:00.003+01:002024-02-23T18:08:10.963+00:00As melhores 15 sinfonias?
Ao pôr em ordem os CDs que tinha aqui desarrumados, reparei nas várias gravações das sinfonias e ocorreu-me destacar as minhas preferidas. Claro que há muitas sinfonias que não conheço ou de que não tenho qualquer gravação em disco. Penso, contudo, que tenho uma razoável colecção, incluindo diferentes gravações e intérpretes das principais obras.
A foto abaixo mostra as que, na minha atrevidaAires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-48958585200456652692018-08-31T21:29:00.001+01:002024-02-23T18:14:30.818+00:00Agosto azul... com tons de amarelo torradoAproveitei este final do mês de Agosto para, em boa companhia, dar mais um volta pelo quintal aqui ao pé: a ponta de João d'Arens, que se ergue entre a Praia do Alemão e a Prainha.
Por várias vezes pensei que nem a mais completa descrição daquele lugar seria capaz de captar tão caprichosa beleza e que Oscar Wilde devia estar equivocado ao escrever que a natureza imita a literatura em vez de a Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-81831937238864390062018-08-13T17:11:00.001+01:002024-02-23T18:22:51.684+00:00Os 100 melhores de sempre?
Um amigo que se considera melómano dizia-me há tempos não ter paciência para a chamada música rock e seus derivados. Parecia-lhe quase toda igual e quase toda primária. Reconheceu haver algumas excepções, como sempre existem, mas que quase tudo o resto que ouvia por aí acidentalmente era pouco mais do que ruído desinteressante.
Para começar, concordei que a maior parte da música que se ouve Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-12581236946404801802018-07-21T19:28:00.001+01:002024-02-23T18:23:26.171+00:00Conhecimento experiencial
Os filósofos distinguem frequentemente três noções de conhecimento: o conhecimento proposicional (o saber que), o conhecimento prático (o saber como) e o conhecimento por contacto. A investigação e o estudo da generalidade das ciências (humanas ou da natureza) consiste em obter conhecimento proposicional, expresso por meio de frases declarativas.
Isso é diferente do chamado Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-21955020950657978402018-06-30T02:09:00.001+01:002024-02-23T18:24:22.192+00:00Agora sim: Hereges!Arrisca-se a ser um dos melhores do ano. Mas eu sou suspeito, claro.
Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1234121328680936316.post-7309508103333669072018-06-10T18:22:00.001+01:002024-02-23T18:24:44.774+00:00Conhecimento por contacto e conhecimento por descrição
É suposto os termos "conhecimento por contacto" e "conhecimento por descrição" designarem dois tipos de conhecimento, o primeiro dos quais diz respeito ao conhecimento directo e não inferencial e o segundo ao conhecimento indirecto e inferencial. Esta distinção é geralmente atribuída a Bertrand Russell, como se pode ler nos artigos sobre o assunto da Stanford Encyclopedia Aires Almeidahttp://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com0