terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
A moral incomoda. Porquê fazer o que nos incomoda?
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Objectivismo moral
Ana - Matar animais para os comer é moralmente errado. Não concordas Rui?
Rui - Não. Pelo contrário, matar animais para os comer nada tem de errado. E tu, Carla, concordas comigo ou concordas antes com a Ana?
Carla - Humm, para ser sincera, não sei bem. Estou algo confusa e não sei o que pensar sobre isso.
Tendo em conta que o objectivismo moral defende que o certo e o errado não dependem das opiniões de cada pessoa, será que tanto a Ana como o Rui e a Carla podem ser todos objectivistas?
Podemos realmente saber/conhecer alguma coisa?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Conhecimento? O que quer isso dizer?
Será a resposta da Ana uma resposta adequada?
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Os ateus e o Natal
domingo, 20 de dezembro de 2009
argumentos de carácter emocional
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sábado, 12 de dezembro de 2009
As mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos?
Juiz - Outra vez por cá, senhor Abílio? Está a tornar-se um frequentador assíduo deste tribunal. Parece que voltou a agredir outra pessoa.
Abílio - Teve de ser! Que hei-de eu fazer?
Juiz - Quer dizer que não podia evitar? Como assim? Olhe que há muita gente que nunca agrediu seja quem for. Portanto, não me venha dizer que não tinha como evitar.
Abílio - Pois, há quem nunca tenha agredido ninguém porque nunca se encontrou na mesma situação que eu. Até o senhor doutor juiz faria o mesmo, se estivesse no meu lugar.
Juiz - Mas... diga lá, então, o que aconteceu.
Abílio - Esmurrei uma pessoa que me insultou, chamando-me «bufo». Claro que tive de defender a minha honra.
Juiz - Mas ela ter-lhe chamado bufo, ou delator, não é caso para a esmurrar. Há muitas pessoas que, no seu lugar, não o fariam. Eu, por exemplo, nunca o faria.
Abílio - É porque o senhor doutor juiz não se consegue colocar mesmo no meu lugar.
Juiz - É claro que consigo! E garanto-lhe que nunca procederia assim. Também já disseram de mim coisas bem desagradáveis. E, olhe, nem sequer liguei!
Abílio - Mas isso não significa que se está a imaginar no meu lugar. Pôr-se no meu lugar não é só passar por uma situação semelhante. É também pensar como eu, ter tido a mesma educação que eu, a mesma cultura, as mesmas vivências e até ter as mesmas características genéticas que eu.
Juiz - Bem, por isso é que somos diferentes, claro. Mas explique lá melhor onde quer chegar.
Abílio - Veja bem, provavelmente o senhor doutor foi educado de maneira muito diferente, mas eu fui ensinado desde pequeno a reagir sempre que me insultam. Além disso, no meio em que fui criado, «bufo» é a pior coisa que se pode chamar a uma pessoa, pelo que temos de defender a nossa honra. Caso contrário, somos mal vistos e considerados cobardes pelos nossos amigos, que é do pior que nos pode acontecer. Também lhe digo que a violência sempre fez parte da minha vida, de maneira que passei a encará-la como algo normal e aceitável. Além disso, sou uma pessoa muito nervosa e sou agressivo por natureza. Herdei essas características do meu pai e não tenho culpa disso. Portanto, pôr-se no meu lugar é pôr-se na minha cabeça, ter os pensamentos e desejos que eu tenho, olhar para as coisas com os meus olhos e sentir as coisas como eu as sinto. Não tenho culpa de pensar como penso, de sentir como sinto e de ser como sou.
Juiz - Ora, ora, está a querer dizer que não tinha opção?
Abílio - Dada a maneira como fui educado, o meio em que me movo, as experiências por que passei e a minha própria natureza, não podia ter feito outra coisa. Se o senhor doutor juiz estivesse na minha pele e na minha cabeça, faria exactamente o mesmo.
Juiz - Salvo seja!
Abílio - Lá está! Não consegue pôr-se exactamente no meu lugar. Mas se as circunstâncias fossem exactamente as mesmas, o efeito seria também o mesmo. Portanto, dado as circunstâncias serem essas e não outras, não tive realmente opção.
Juiz - Não me venha com histórias! O senhor fez aquilo que quis fazer.
Abílio - Mas é claro que fiz o que queria fazer. Nunca o neguei. Mas o que digo é que algo que eu não controlo me levou a querer fazer isso. Quis fazer o que fiz, sem dúvida, mas a verdade é que não mando realmente nos meus desejos.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Fazemos mesmo o que queremos?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Dia mundial da filosofia: respeitar os filósofos
Eis, pois, algumas afirmações de filósofos importantes que, com o devido respeito, me parecem disparatadas:
Até aqui os filósofos têm-se dedicado a interpretar o mundo, porém o que importa é transformá-lo. Marx, autor da frase, dava uma prioridade à praxis (prática ou acção) em relação à teoria. Mas há demasiados exemplos de que a prática, quando não é iluminada por uma compreensão prévia da realidade, acaba por se tornar cega e mesmo perigosa. Como sabemos o que transformar ou sequer se podemos mudar o que ainda não tentámos compreender? E será que é realmente importante mudar o que eventualmente possa estar bem? Não será fundamental saber antes o que está bem ou mal e porquê para sabermos se vale realmente a pena mudar seja o que for? Assim, a ideia subjacente de que a teoria e a prática são coisas divergentes é manifestamente errada e até perigosa.