terça-feira, 9 de julho de 2019

Ensinar filosofia

Este será o próximo livro da colecção Filosofia Aberta, a publicar em Agosto.


Alguns estudantes acham a filosofia cativante; outros simplesmente ficam indiferentes ou mesmo desnorteados. Como fazer para que todos consigam compreender os problemas filosóficos, envolver-se na sua discussão e apreciar a filosofia, independentemente das suas motivações ou capacidades iniciais?

Neste livro, o filósofo e professor Steven M. Cahn procura dar resposta a essa difícil pergunta, baseando-se na sua longa experiência de ensino da filosofia, tanto a alunos de iniciação como a alunos de pós-graduação. Cahn apresenta aqui algumas ideias e sugestões concretas que usou em cursos de preparação de professores de filosofia ministrados por si. O sucesso desses cursos foi publicamente reconhecido pelos directores das escolas e departamentos onde esses professores vieram a exercer, relatando um aumento excepcional no interesse dos alunos.

Cahn não se fica por generalidades sobre o ensino da filosofia e mete sem rodeios a mão na massa, dando exemplos claros de boas e de más práticas, de boas e más estratégias, de boas e de más escolhas, ao mesmo tempo que procura mostrar como fazer para que os alunos consigam ser bem-sucedidos. E não deixa nenhum aspecto importante de lado: desde as obrigações dos professores, às questões didácticas, às avaliações e exames, à linguagem usada, sem deixar de desfazer alguns equívocos pedagógicos e mitos educativos. Além disso, uma parte importante do livro contém propostas concretas de carácter introdutório para várias áreas e temas centrais da filosofia, como a argumentação, o problema do livre-arbítrio, a filosofia da religião, a ética e a filosofia política.

A escrita de Cahn é lúcida e acessível, usando exemplos reais e evitando o jargão educacional. Em suma, este livro não é apenas um guia sobre como inspirar os alunos, mas também uma inspiração para os próprios professores. Além de ser muito útil para professores de diferentes níveis de ensino da filosofia, é-o também para os próprios alunos e até para quem se interessa pelas questões do ensino em geral.

2 comentários:

  1. A propósito do artigo da Crítica "Lógica aristotélica, insistir porquê?":

    Apesar de, há muito tempo, antes do artigo, concordar (em absoluto absoluto!!!) com tudo o que lá é dito, apesar de ter enviado o link do artigo a dois ou três mais recalcitrantes... tenho aqui ao lado, aqui à mão de quem aqui está sentado ao computador, classificáveis como "obras de caráter geral, didático ou introdutório" dois "casos" (e sei que há muitos mais...) que abordam exclusivamente a lógica "de origem" aristotélica: R. Verneaux, Introduccion general y lógica, curso de filosofia cristiana, Herder, Barcelona, 1982 e Jaques Maritain, Elementos de filosofia 2, A ordem dos conceitos lógica menor, Agir, Rio de Janeiro, 1989.

    Prontos, prontos... já sei... não percebi nada!

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  2. Li um artigo, na crítica, da autoria do professor Aires Almeida com o título Filosofia e ciências da natureza. De uma leitura estimulante, mas me pareceu estar incompleto. O último parágrafo, refere que o irracionalismo influenciou a surgimento de algumas correntes intelectualmente perniciosas. Gostaria muito que o artigo prosseguisse.

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