As civilizações nunca progrediram de modo saudável, e não podem progredir de modo saudável, sem grandes quantidades de informação factual fidedigna. Também não podem florescer se estiverem acometidas de infecções perturbadoras de crenças erróneas. Para estabelecer e manter uma cultura avançada, precisamos de evitar ser debilitados tanto pelo erro como pela ignorância. Precisamos de saber muitas verdades – e, claro, temos também de perceber como fazer um uso produtivo destas.Isto não é apenas um imperativo social. Aplica-se igualmente a cada um de nós, enquanto indivíduos. Os indivíduos precisam de verdades para conseguirem orientar-se com eficácia no matagal de riscos e oportunidades com que todas as pessoas se defrontam no decurso da vida. Precisam de saber a verdade sobre o que comer e não comer, como se vestir (dados os factos das condições climatéricas), onde viver (informação sobre falhas tectónicas, ocorrência frequente de avalanches e proximidade de comércio, escolas e empregos), assim como o modo de fazer aquilo que são pagas para fazer, como criar os filhos, o que pensar das pessoas que conhecem, o que são capazes de alcançar, e uma variedade infinda de outros aspectos corriqueiros e, contudo, vitais.O nosso sucesso ou fracasso em seja o que for que nos proponhamos – e, por conseguinte, na vida em geral – depende de sermos guiados pela verdade ou, ao invés, de avançarmos na ignorância ou com base em falsidades. Claro que também depende, de modo fulcral, daquilo que fazemos com a verdade. No entanto, sem verdade é que ficamos logo em maus lençóis ainda antes de começarmos seja o que for.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
A importância da verdade
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