terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Determinismo não é fatalismo

É frequente confundir-se o determinismo radical com o fatalismo. Mas são coisas diferentes, ainda que se chame determinismo teológico a certas formas de fatalismo.

O determinismo é a perspectiva de que todos os acontecimentos resultam das leis da natureza (que, sendo leis, são universais) e de causas particulares anteriores (os acontecimentos anteriores ou circunstâncias, a que também se chama condições iniciais).
 
Por sua vez, o fatalismo é a perspectiva de que tudo está predestinado, aconteça o que acontecer. Isto significa que os eventos anteriores (as causas) e as leis da natureza não têm qualquer papel explicativo do que acontece. Portanto, o fatalismo não precisa da causalidade para nada, ao contrário do determinismo. Daí que o fatalismo precise de algum predestinador sobrenatural que substitua a causalidade natural.

Eis uma maneira simples de ilustrar a diferença entre determinismo e fatalismo.


É verdade que há pontos de contacto entre o determinismo radical e o fatalismo. O principal aspecto em comum é a rejeição do livre-arbítrio. Em todo o caso, as diferenças são suficientemente evidentes para que a generalidade dos deterministas radicais rejeitem liminarmente o fatalismo.

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