domingo, 25 de abril de 2010
Liberdade e justiça
Comemoram-se hoje em Portugal 36 anos da revolução de 25 de Abril. Independentemente das razões que levaram os militares a rebelar-se contra o poder político instituído, os portugueses aderiram imediatamente à revolução, esperando que ela lhes trouxesse uma sociedade melhor.
Não pretendo discutir se isso foi conseguido ou não, pois é facilmente argumentável que uma sociedade democrática, como a que se seguiu à revolução, é sempre melhor do que qualquer ditadura. Todavia, muitas pessoas que naturalmente se entusiasmaram com a revolução de Abril parecem agora concluir melancolicamente: tanta coisa para tão pouco! Como se explica isso?
A verdade é que não queremos apenas viver numa sociedade melhor; desejamos, além disso, viver numa sociedade justa. Ora, muitas pessoas viam o 25 de Abril como uma promessa de uma sociedade justa. Mas acontece que nenhuma revolução permite garantir a existência de uma sociedade justa. O melhor que uma revolução pode fazer é estabelecer as condições necessárias, mas não suficientes, para uma sociedade justa.
Foi isso que aconteceu com a revolução do 25 de Abril: criou em Portugal algumas das condições necessárias para uma sociedade justa, a mais importante das quais é a liberdade, permitindo que todos os cidadãos beneficiem das mesmas liberdades básicas. Sem isto não pode haver uma sociedade justa. Mas isto não é suficiente para haver justiça social. O que falta não depende de qualquer revolução, pelo que foi algo ingénuo esperar que o 25 de Abril nos garantisse automaticamente justiça social.
A palavra que melhor descreve a revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal é, pois, «Liberdade». O que não é pouco.
sábado, 17 de abril de 2010
Filosofia e história das ciências da natureza
Para os orientar na leitura do texto, deixo seguidamente um conjunto de perguntas às quais devem tentar responder. Espera-se por respostas curtas e directas.
1. Tanto os mitos como a ciência respondem, por vezes, às mesmas perguntas. O que diferencia as respostas científicas das míticas ou religiosas?
2. Há um aspecto ao qual pela primeira vez Tales de Mileto dá importância e sem o qual a ciência não se teria desenvolvido. Qual é?
3. Porque é que para alguns filósofos gregos, como Platão, o mundo natural não poderia ser objecto de conhecimento?
4. Porque é que se diz que Aristóteles deu um passo importante na direcção da ciência tal como a conhecemos?
5. Em que consistia a ciência para os filósofos cristãos medievais?
6. Copérnico apresentou uma teoria completamente revolucionária. Quem nome tem e em que consiste?
7. Qual foi o grande contributo que Bacon deu para a origem da ciência moderna?
8. Para Bacon a ciência deveria ser activa e operativa. O que quer isso dizer?
9. Há 3 tipos de razões que fazem de Galileu o pai da ciência moderna. Quais são?
10. Uma das consequências da ciência moderna é a concepção mecanicista da natureza. O que é o mecanicismo?
11. O mecanicismo é uma forma de reducionismo. O que é o reducionismo?
12. A física newtoniana parece não deixar dúvidas sobre o que é e como se faz ciência. Mas Hume chama a atenção para outro problema. Que problema é esse?
13. O raciocínio de tipo indutivo está na origem de muitas das verdades científicas. Segundo Hume isso é fatal para a própria ciência. Porquê?
14. O que é o positivismo?
15. O que é o cientismo?
16. O que é o fisicalismo?
17. De todos os nomes que o texto refere, quais pareceram ser os 3 mais importantes para a história e desenvolvimento da ciência?
18. E para a filosofia da ciência?
19. Poderá o tipo de explicação fornecido pelas ciências sociais ser idêntico ao das ciências da natureza
20. O que foi mais difícil de compreender no texto?
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