quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Encantamento de Revueltas e de la Parra

«Noche de Encantamiento», de La Noche de los Mayas, do mexicano Silvestre Revueltas. Com a Orquestra de Paris dirigida por Alondra de la Parra, e com muito cheirinho a ... Stravinsky.

domingo, 11 de outubro de 2015

Compreender Kant: perguntas e respostas

O manuscrito que aqui disponibilizo é uma exposição didáctica das principais ideias de Kant. Já o tinha visto circular por aí fotocopiado há anos sem qualquer indicação da autoria, mas sabia que tinha o original algures no meio de velhos papéis. Encontrei-o hoje por acaso. 

Foi escrito no Outono de 1986, quando ainda não se usavam computadores pessoais, a pensar nos meus alunos do 12.º ano. O programa de Filosofia do 12.º ano dessa altura tinha um carácter essencialmente histórico: começava-se com o estudo das ideias de dois representantes modernos da chamada «confiança na razão» (Kant e Hegel), aos quais eram depois contrapostos os principais críticos dessa tradição (Kierkegaard, Feuerbach, Marx e Nietzsche). 

Baseei-me quase exclusivamente nas palavras do próprio Kant, sendo esta exposição acompanhada por uma selecção de textos do filósofo. A exposição está dividida em duas partes e tem a estrutura pergunta-resposta (86 perguntas e respectivas repostas, com vários esclarecimentos e comentários adicionais). A primeira parte é sobre a razão teórica (teoria do conhecimento), a partir da Crítica da Razão Pura e, em menor grau, dos Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura; a segunda é sobre a razão prática (moral), principalmente a partir da Crítica da Razão Prática e, em menor grau, da Fundamentação da Metafísica dos Costumes.

Dado que se tratava de um texto didáctico (até porque não usávamos manual nas aulas), tive o cuidado de utilizar cores diferentes para as perguntas (vermelho), as respostas (azul) e os comentários e esclarecimentos adicionais (preto). Tive também o cuidado de escrever com uma caligrafia legível (embora lá mais para o fim se note que escrevia um pouco mais a despachar). Decidi publicá-lo aqui exactamente como estava, pois, apesar de merecer alguma revisão (sobretudo em ou ou outro pormenor de precisão terminológica), não encontro razões para alterar grande coisa.

Que me lembre, fiz algo semelhante também para Kierkegaard e para Nietzsche, mas ainda não encontrei.