ANA - Há algo na atitude de Deus, caso exista mesmo, que me deixa perplexa, Tomás.
TOMÁS - O quê, Ana?
ANA - É que não consigo compreender por que razão Deus, com os poderes, sabedoria e bondade que o caracteriza, permite que muitos de nós duvidemos da sua existência e passemos tanto tempo a discutir isso.
TOMÁS - Ora, Ana, acho que certas pessoas discutem a sua existência porque não conseguem ou se recusam a ver os sinais da sua existência.
ANA - Pois, o problema é esse, Tomás: em vez de nos dar sinais, por que razão não nos mostra inequívoca e definitivamente que existe, de modo a não permitir discussões que, afinal, poderiam ser escusadas?
TOMÁS - Porque isso lhe permite testar a nossa fé, Ana.
ANA - Bom, a tua resposta ainda torna as coisas mais incompreensíveis. Por que razão um ser que sabe tudo precisa de testar a minha fé? Afinal, é ele que precisa de provas sobre o que realmente pensamos ou sentimos? Não achas que, para um Deus omnisciente, isso não faz qualquer sentido?
TOMÁS - Talvez não seja bem isso. Mas já reparaste que, se fosse tudo tão óbvio e linear as coisas seriam menos interessantes?
ANA - Ah, bom, agora já percebi: Deus gosta simplesmente de jogar às escondidas connosco.
Pode ser um avaliacao simplista, mas Deus nao existe mesmo. A vida pode ser muito mais simples sem esse conceito antiquado.
ResponderEliminarA vida seria mais simples sem armas químicas, nucleares, e outras coisas desagradáveis, mas daí não se segue que essas coisas não existem.
ResponderEliminarO que o argumento acima nos dá é indícios para pensar que um ser tão poderoso e perfeito, se existisse, não condescenderia em brincadeiras infantis que para a generalidade dos humanos são tão excitantes e misteriosas.
O argumento não me parece simplista mas, ao invés, bastante razoável. Não sei se uma vida mais simples seria desejável, mas estou convencida que uma vida consciente o é sempre.
ResponderEliminarCumprimentos.