Sérgio: Queres um bocado da minha sandes de fiambre?
Lúcia: Não, obrigada, sou vegetariana e não como carne.
Sérgio: A sério? Mas porquê? A carne é tão boa!
Lúcia: Sim, de facto sabe bem, mas na minha opinião os animais também têm direitos, e eu sou vegetariana para os respeitar.
Sérgio: Como assim?
Lúcia: Em primeiro lugar, penso que os animais têm direito à liberdade, e hoje em dia são presos em prisões minúsculas desde que nascem, só para serem mortos depois.
Sérgio: Sim, Mas esses animais (as galinhas, os porcos, etc) já não existem em meio natural, e se são criados por nós, também podem ser mortos por nós.
Lúcia: Oh Sérgio, primeiro não te faças de Deus, não foste tu que lhes deste a vida, logo também não tens o direito de a tirar! E segundo, põe-te no lugar deles! E se te separasses da tua mãe assim que deixasses de mamar e fosses metido num quarto minusculo com mais 10 pessoas a vida toda até estares crescido o suficiente para te matarem?
Sérgio: Pois, mas eu não sou um animal e, para além disso tenho sentimentos.
Lúcia: E os animais não têm? Se bateres num cão, ele fica com medo. E se gostar de ti, até fica muito triste e começa a ganir, a pedir-te festas! Mas mesmo que fosse verdade o que dizes, os animais têm direito à vida, tal como nós que, a propósito, também somos animais.
Sérgio: Os animais têm direito à vida, mas eles no meio natural também se comem uns aos outros!
Lúcia: Então, mas isso é a cadeia alimentar.
Sérgio: Então, mas nós comermos porcos também faz parte da cadeia alimentar.
Lúcia: Não, porque se reparares, o teu corpo tem indícios de que há muitos milhares de anos, os humanos não comiam carne, como por exemplo, o teu apêndice, os teus dentes, o comprimento do teu intestino, etc.
Sérgio: Hummm, tenho que pesquisar melhor isso... Mas mesmo assim, se agora comemos carne é porque houve alguma evolução.
Lúcia: Ainda assim, se podes sobreviver bem sem matares animais, não é errado fazê-lo?
Sérgio: Então, mas se não matas animais, matas plantas, vai dar ao mesmo.
Lúcia: Não, não vai, porque os animais sofrem e as plantas não, pois não têm nervos nem sistema nervoso e por isso não sentem dor.
Sérgio: Bem, não sou grande entendido nisso e não sei o suficiente sobre este assunto para saber se estás certa ou não, mas eu cá não consigo passar sem esta minha sandes de fiambre.
E tu? Qual é a tua opinião? Algum deles está certo? E terão realmente os animais direitos?
Lanço ainda o desafio de tentarem convencer-me a desistir do vegetarianismo :)
Eu também acho que os animais têm sentimentos e tal como a Lúcia disse, isso vê-se nitidamente. Agora, deixar de comer carne... Isso já é outra conversa. Existem cadeias alimentares. Faz parte. Podíamos antigamente não estar preparados para comer carne, mas com o tempo tudo sofre transformações, tal como nós sofremos. Pensa que as pessoas deixavam de comer carne. Como sería?
ResponderEliminarOu muitos animais extinguir-se-íam se os que existissem actualmente fossem libertados, como as galinhas que não conseguiriam sobreviver pois seríam mortas por raposas, ou seja, extinguir-se-iam as galinhas e por exemplo, as raposas iríam multiplicar-se excessivamente, o que iría desiquilibrar toda uma cadeia. Ou então, iríamos continuar a produzir estes animais e dpois iríam reproduzir-se em massa, o que mais uma vez iría desiquilibrar cadeias porque não tinham um predador. Quer queiramos ou não, a presença humana, tal como a presença de outra espécie qualquer, está inserida em toda a teia alimentar estabelecida na Terra. Fazemos parte directa ou indirectamente da cadeia alimentar de uma enormidade de seres. O planeta evoluiu com base nestas cadeias alimentares e já faz completamnte parte delas o nosso consumo de carne.
Assim, acho até um certo número, suportável a existência de pessoas vegetarianas, porém, se todos nós o fôssemos, as consequências iríam ser muito graves.
Mónica Serrão 11ºB Nº20
Na verdade´, Mónica, não é bem assim.
ResponderEliminarOra vejamos: As ovelhas dão-nos lã, as vacas dão-nos leite, as galinhas dão-nos ovos, etc. A maior parte dos animais que comemos dão-nos algo mais para além da carne, logo, se deixassemos de a comer, não deixariamos de os produzir. Mas imaginemos que sim, que deixariamos de os produzir, e que acabavam por se extinguir. Qual era o mal? isto é, até que ponto é que uma espécie deve ser conservada?
Pensemos num cenario imaginario e futurista: os ETs Chegavam ao planeta Terra e invadiam-nos, acabando por ganhar a guerra e ficar eles no comando do nosso planeta, porém, não queriam extinguir a nossa espécie Todos os humanos sobreviventes estavam enjaulados como galinhas e eram expostos a experiencias do mais doloroso possivel, muitos acabando por morrer, entre outras razões, para os alimentar. mas eles continuavam a fazer com que nos reproduzissemos para que a espécie não acabasse. Valeria a pena continuarmos? ou era melhor acabarmos com o sofrimento dos nossos descentes e deixarmos de nos reproduzir, mesmo que isso significasse o fim da nossa especie?
Voltando aos animais, estariamos ainda a fazer um grande favor ao meio ambiente, porque criar vacas, por exemplo, gasta muito, mas muito mais agua do que a que seria necessaria para regar as plantas suficientes para alimentar as mesmas pessoas que as vacas alimentariam.
Joana Cerqueira, 11ºB
Concordo plenamente com o que a Lucia disse. Os animais tem sentimentos e sentem dor tal como nós. Eu tambem sou vegetariana e, como tal, acredito fortmente que, se conseguimos sobreviver sem comer carne, porque o fazemos? Para quê sujeitar os animais a viverem a maior parte da vida deles enjaulados e a serem maltratados? Sim, porque o modo como os matam é muito cruel. Aos porcos dão choques electricos para os atordoar e depois matam-nos. Ás vacas, penduram-nas pelas patas traseiras e fazem um corte no pescoço para elas se esvaziarem em sangue e morrerem lentamente. Para verem com os vossos proprios olhos o que estou a falar recomendo que vejam este video: http://www.youtube.com/watch?v=VIjanhKqVC4 ou visitem o site www.meat.org
ResponderEliminarPor muito que digam que so eu ou a Joana ou as outras pessoas vegetarianas nao vamos mudar nada, nao acredito. Fazemos diferença. Muita. Por isso não,Joana, nao te vou convencer a desistir do vegetarianismo. Aliás dou-te todo o meu apoio e força para que nunca deixes de ser vegetariana.
Rute Salvado Teixeira, 11ºC