Vale a pena destacar aqui parte do que a Joana Cerqueira escreveu na caixa de comentários do post anterior:
Falei acerca da recompensa social e divina, mas para mim a mais importante e de mais dificil percepção é a da satisfação pessoal, da sensação boa que sentimos quando ajudamos outros, daquelas frases orgulhosas que muitas vezes nos passam pela cabeça depois de um acto de altruísmo.Pegando no exemplo daquele pai [referido no post anterior]: qualquer bom pai no mundo responderia o mesmo que ele. Porquê? Simplesmente porque assim estaria a ser um "bom pai". Se outras pessoas o tivessem visto, ele seria admirado por elas. Assim, como só ele viu e soube, no momento da escolha, foi admirado por si próprio. Pode ter passado o resto da vida infeliz, mas naquele momento sentiu-se de certeza tão bondoso como o proprio deus teísta. Afinal iria levar uma vida de dor para poder dar felicidade aos seus filhos. Existiria alguém tão bondoso como ele? Conseguem imaginar o que ele deve ter sentido naquele momento? A sensação boa com que ficou? Isso meus amigos, também é egoísmo.Não sei quem disse esta frase, mas na minha opinião está muito bem dita: "o altruismo é a mais subtil forma de egoísmo"
Será que a Joana conseguiu mesmo mostrar que a decisão daquele pai pode ser interpretada como uma acção realmente egoísta?
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